Uma apresentadora de programa para mulheres da SAT-7 fez um apelo às autoridades turcas para proteger as mulheres em meio a uma indignação generalizada pelo assassinato de uma estudante de 27 anos.
A descoberta, em 21 de julho, do corpo de Pinar Gültekin e detalhes horríveis de como seu suposto assassino tentou se livrar dele provocaram fúria em um país que, desde 2017, vê pelo menos uma mulher assassinada todos os dias.
“É como se estivéssemos em guerra”, disse Şemsa Deniz Baker aos telespectadores do programa semanal Homemade (Feito em Casa) do canal SAT-7 Turco. “As mulheres estão sendo mortas às centenas. Aqui, eu realmente chamo os líderes do governo, existem leis: por favor, queremos que essas leis sejam aplicadas.”
Ela continuou: “Falo daqui como mulher, mas o mais importante, como ser humano, eu te imploro. Estou lutando muito para falar sobre isso. Jovens estão respirando pela última vez porque queriam terminar um relacionamento, porque queriam se divorciar. Tantas razões surgem, e nem um dia se passa que nossos corações não doem ao assistir notícias do assassinato de cinco, dez mulheres. Não é que não queremos ver as notícias; é que não queremos que essa notícia aconteça. Parem com esses assassinatos!
TRISTEZA
Şemsa começou expressando a “mais profunda dor” da SAT-7 para a família de Gültekin. Então, consciente do aumento de 200% de feminicídios na Turquia desde 2013, ela exigiu o fim da violência que no ano passado matou 474 mulheres.
“Por favor, as leis precisam ser implementadas imediatamente”, implorou. “Uma mulher pode usar o que ela quer. Ela pode estar onde quiser, quando quiser. Você não tem o direito de matar uma mulher. Você não tem o direito de matar ninguém… Temos um Deus que nos criou. Temos um Deus que nos deu o fôlego da vida, este corpo, esta alma, este ser, Deus nos deu. Nós estamos sob a sua autoridade. Não temos o direito de nos matar, de nos matarmos, de sermos violentos.”
O programa da Şemsa é uma das muitas séries da SAT-7 nos canais turco, árabe e persa da rede que buscam apoiar mulheres em culturas dominadas por homens no Oriente Médio e Norte da África. Oferece-lhes um lugar seguro para expressar suas lutas e vitórias e ajudar mulheres e homens em suas vidas a ver sua dignidade, valor e potencial dados por Deus.
“Há muito trabalho a ser feito”, diz Nicoletta Michael, gerente de desenvolvimento da SAT-7. Ainda ouvimos falar de milhões de mulheres na região que tiveram seus direitos violados. É imperativo que organizações como a SAT-7 continuem a educar, criar conscientização e plantar sementes de valores saudáveis.”
No entanto, a CEO da SAT-7 Internacional, Rita El-Mounayer, que conhece em primeira mão os desafios que as mulheres do Oriente Médio enfrentam, expressou uma visão positiva:
“Pouco a pouco, veremos uma mudança no Oriente Médio, aumentando a conscientização sobre questões e eventos relevantes e apoiando as mulheres em toda a região a se enxergarem através dos olhos de Deus, lembrando-as de seu valor e incentivando-as a defender mudanças.”